Sobre a seleção em Goiânia
Goiânia deveria estar na Copa. Esse pensamento é quase unanimidade. A tradição esportiva e experiência em grandes eventos da capital goiana é muito maior do que Cuiabá, Manaus e Natal.
Mas Goiânia não está na Copa. Na época das escolhas, faltou mobilização e habilidade política dos nossos representantes em todas as esferas.
A única maneira de outras cidades entrarem na festa é abrigando as seleções partipantes da Copa das Confederações e do Mundial.
Politicamente, Goiânia se colocou à disposição para abrigar a Seleção Brasileira.
As estruturas do Goiás e do Atlético foram consideradas adequadas desde que fizessem melhorias.
O Goiás se dispôs a fazer todas as melhorias necessárias. O Atlético, que vivia um momento difícil no Campeonato Brasileiro, tinha outras prioridades.
Na época, até então, com Ricardo Teixeira e Mano Menezes, Goiânia foi aprovada.
O acordo foi confirmado na era Marín/Felipão. A estratégia inicial era ficar em Goiânia até 18 dias durante a preparação. Mas na época não existia amistoso marcado com a França em Porto Alegre. A programação mudou e a estadia em Goiânia diminuiu por uma necessidade. Depois do amistoso a seleção volta e finaliza a preparação para jogar em Brasilia, no dia 15, contra o Japão.
Desconfiança
Quando Parreira e Murtosa estiveram em Goiânia em Janeiro e Abril faltava muito para o Goiás concluir o prometido no Complexo da Serrinha. Pediram para observar o CT e sentiram que lá seria melhor. É normal terem imaginado que as coisas poderiam não dar certo.
Nesta Terça a comissão técnica da Seleção se surpreendeu com o que viu na Serrinha e ficou maravilhada com o CT. Nesta fase de preparação, Goiânia foi disparado o melhor lugar que a seleção treinou.
Governo
Não é verdade que o Goiás tenha usado dinheiro do governo na reforma do estadio Hailé Pinheiro. O que houve foi uma promessa do governador para a viabilização de recursos na ordem de 2,5 milhões de reais oriundo de fundos de incentivos para entidades de prática esportiva como o Pró-Esporte.
O Goiás ainda não recebeu. E se vier a receber como prometido será de forma legal.
O Atlético, através do vice-presidente Jovair Arantes, pretende procurar o mesmo caminho para ter esses recursos e aplicar na obra do Estádio Antônio Accioly.
Concluindo
Sei que esse curto período de treinos é muito pouco pelo que Goiânia merece. Mas se a cidade não conseguir receber uma grande seleção, não conseguiria receber a Copa e nem outras competições futuras.
É muito bom ver o Corinthians elogiando a estrutura do Atlético, a Seleção elogiando o Goiás. Do futebol goiano espero isso e muito mais.