Seleção, Copa das Confederações, Goiânia: O que você precisa saber

Goiânia mais uma vez recebeu um grande jogo da Seleção Brasileira. A cidade e o estado estiveram em evidência nacional, isso não tem preço, mas há quem questione.

Fiquei surpreso com algumas reportagens feitas pelo portal UOL, sobre esse jogo e a confirmação de que Goiânia será o QG da Seleção Brasileira na Copa das Confederações. Com todo respeito, mas a reportagem me pareceu bastante tendenciosa, pelo fato dos textos não terem argumentos que poderiam sustentar o que exclamava nas respectivas manchetes.

É bom que sempre, sejamos justos, em qualquer circunstância da vida, então vou expôr alguns detalhes que muitas pessoas não sabem:

Jogo da seleção em Goiânia

O investimento de quase 2 milhões de reais feito pelo Governo do estado na promoção da nota fiscal traz retorno ao estado.

Primeiro pela oportunidade que várias pessoas tiveram para ver o jogo quase de graça, depois pela arrecadação de 350 toneladas de alimentos para a OVG e por último o aumento da arrecadação tributária, onde cada nota fiscal é cadastrada e o governo identifica sonegadores.

Essa promoção com notas fiscais é comprovadamente eficiente em todos os aspectos. Bom seria, para a população e o governo, se fosse permanente para eventos esportivos e culturais, como é, por exemplo, em Pernambuco.

Vale ressaltar, que se quisesse, o Governo nem precisaria fazer a promoção da nota fiscal, isso não impediria a realização do jogo.

Toda a organização, arrecadações e despesas do jogo são da Klefer Marketing Esportivo. A empresa promotora do Superclássico das Américas que paga todas as despesas referentes à partida. Desde o cachê das seleções, às passagens aéreas da Seleção Brasileira, o vôo fretado da Argentina, as hospedagens, todas despesas com o trio de arbitragem, alimentação, bilheteiros, a estrutura construida para a imprensa, tudo mesmo, até a conta de água e energia ultilizada pelo estádio nos treinamentos e nos jogos.

A Klefer recebe 100% da renda, do que foi vendido nas bilheterias e do convênvio com o governo. A empresa ainda comercializa as placas de publicidade e os direitos de transmissão. Com apenas a renda, de aproximadamente 3 milhões de reais, seria impossível custear um jogo como esse.

O Governo de Goiás e a Federação Goiana de Futebol não recebem e nem precisam gastar nenhum centavo referente ao jogo.

Um jogo que muitas cidades até pagariam para ter, veio de graça para Goiás.

Se o jogo do ano passado contra a Holanda e o desse ano contra a Argentina tivesse acontecido em outro estado o povo meteria o pau, falando que a gente estava sem moral.

Copa das Confederações

Muito tem sido dito que a escolha de Goiânia, como casa da Seleção Brasileira na Copa das Confederações do ano que vem, é migalha.

Ora, não podemos ficar emburrados o resto da vida porque não fomos escolhidos como cidade-sede da Copa. Ficamos fora, entre vários fatores (aeroporto, por exemplo), também por falta de empenho dos nossos políticos na época. Talvez tenha sido uma injustiça, mas não pode ser uma “sangria desatada”.

54 cidades se candidataram a hospedar as 8 seleções para a Copa das Confederações de 2013 e as 32 seleções da Copa do Mundo em 2014.

Todas essas cidades querem receber pelo menos alguma seleção, se tiver sorte alguma seleção de ponta, e, se fosse pra escolher qual seria a seleção preferida dessas 54 cidades?

Claro, a maioria, ou todas escolheriam a Seleção Brasileira.

Aí, me vem uma reportagem, na Veja e no Uol, dizendo que Goiás estava sendo escolhida por que havia oferecido dinheiro.

E teve gente por aqui que embarcou nessa asneira.

Quem me conhece sabe que estou distante de ser defensor de algum político. Tenho quer ser justo.

O governador disse que ira fazer o que for preciso para abrigar bem a seleção. Ninguém falou em dinheiro, e se for pra bancar a seleção não valeria a pena?

Ou alguém acha que as grandes seleções não vão negociar com as cidades que ficarão hospedadas?

Prefeituras, governos estaduais, hotéis, federações não oferecerão vantagens para receber as melhores seleções?

Também não é novidade para ninguém que a Seleção Brasileira não gastou uma ruela, ou lucrou, nos últimos lugares onde ficou hospedada nas últimas Copas.

Para citar um exemplo, a cidade de Weggs, na Suíça, em 2006, pagou 3,5 milhões de dólares para receber a Seleção Brasileira e lucrou 12 milhões de dólares.

Isso é normal, é um negócio com leque muito grande de vantagens para quem recebe as seleções.

Goiânia é uma cidade com tradição esportiva, tem bons hotéis e ótimos Centros de Treinamento, do Atlético/GO e do Goiás. Além de uma localização privilegiada no centro do Brasil.

Conclusão

Que a estada da Seleção em 2013 seja a melhor possível para que possamos participar de forma destacada na Copa de 2014 sendo a casa dos penta-campeões do mundo.

Andre Isac

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