A crise política no Vila Nova
Foto: Sebastião Nogueira/O Popular |
Dirigentes e conselheiros não falam a mesma língua no Vila Nova.
Paulo Diniz X Eduardo Barbosa
O presidente executivo e do conselho deliberativo, Eduardo Barbosa e Paulo Diniz, respectivamente, foram eleitos praticamente pelos mesmos votos e pregavam que iriam fazer uma gestão em conjunto.
Não está sendo assim.
Paulo Diniz disse que o planejamento foi equivocado e que está sendo reformulado. O presidente do conselho disse que foram contratados mais jogadores do que o combinado.
Eduardo Barbosa diz que o planejamento não mudou. Jogadores que estão sendo dispensados serão substituídos por novos contratados.
Paulo Diniz não aprova a presença de André Goiano, agente Fifa licenciado, no comando do Departamento Amador do Vila Nova.
Eduardo Barbosa elogia André Goiano e diz que ele vai ficar. E esse é um direito do presidente, certo ou não, faz parte das prerrogativas do cargo definir os seus diretores.
Rixa no conselho
Em meio a tudo isso existe uma ala de conselheiros, aliada ao ex-presidente Leonardo Rizzo, que questiona os atos de Paulo Diniz e Eduardo Barbosa.
Paulo Diniz diz que eles não fazem uma “oposição saudável” e fala em expulsar conselheiros.
Essa é uma posição extremamente autoritária. Idéias divergentes devem existir em qualquer ambiente democrático. Não cabe a nenhum conselheiro definir o se uma posição divergente é ou não saudável.
Enquanto os dirigentes e conselheiros do Vila continuarem remando em lados opostos a situação, que é a mais delicada de toda a história do clube, continuará complicada.
O lado bom é que muitos demonstram o interesse de participar, o ruim é que as partes tem suas idéias definidas e intransigentes, assim nunca chegam a um acordo.
Bandeira
A coluna “Giro” do jornal O Popular, de Jarbas Rodrigues Jr., traz uma foto que simboliza esse momento. A bandeira do clube, surrada e rasgada, hasteada na sede do Vila Nova.