A volta de Romerito
No dia 21 de maio do ano passado, depois de exatos 120 dias no Goiás, 11 jogos, 1 gol e 2 assistências Petkovic resolvia pedir rescisão de contrato. Para tentar justificar a sua própria incompetência o meia sérvio acusava os colegas de clube de “trairagem”. Pet disse que soube de várias fontes de que não era bem vindo no grupo, primeiro soube através de boatos e depois teve a confirmação dessas informações. Não expôs nomes à imprensa, mas abriu o jogo para os dirigentes, as noticias vazaram e logo todos ficaram sabendo que seu desafeto era o meia Romerito. Iniciava-se então uma pressão dentro do clube contra Romerito. O jogador tinha a confiança dos companheiros, da comissão técnica, mas não a dos dirigentes.
Depois da saída de Petkovic, Romerito ainda jogou duas partidas, na vitória contra o Juventude foi o melhor em campo, chorou, desabafou, foi apoiado pelos companheiros e elogiado pelo técnico Paulo Bonamigo. No jogo seguinte, contra o Figueirense, derrota do Goiás, falha de Romerito, oportunidade dos dirigentes. Romerito foi afastado, não entrou na folha de pagamento nos dois meses seguintes. O Goiás não aceitava pagar a rescisão de contrato, se quisesse ir embora deveria abrir mão da multa.
Entregue à própria sorte surge então um interesse do Sport, o Goiás comemora, Geninho assumia o rubro-negro de Recife e indicava o desprezado Romerito. Na época, o Sport estava na zona de rebaixamento, o Goiás se sentia soberano na faixa da Libertadores. As coisas mudaram em pouco tempo, o Goiás disputou rebaixamento e o Sport ficou perto de uma vaga na Copa Sul-americana. Romerito continuou no Sport e lá está muito feliz, artilheiro e melhor jogador do time, campeão Pernambucano e uma boa campanha na Copa do Brasil.
Embora contente no time rubro-negro, Romerito, por força de contrato, terá que voltar para Goiás. Os dois clubes não chegaram a um acordo para a renovação de empréstimo. Romerito, diante de tudo, garante que não guarda rancores do que aconteceu.
Nada como um dia após o outro.