Abertura da Copa das Confederações: Em campo deu tudo certo
Serviço de Felipão começa a dar resultado |
A abertura da Copa das Confederações foi bem simples. Bonitinha, mas sem nenhuma novidade. Que fazia lembrar outras cerimônia de abertura já realizadas. Bom que correu tudo bem.
Fora do estádio o “pau comeu”, policiais tentavam dispersar manifestantes usando bombas de efeito moral e tentavam impedir que eles se aproximassem do estádio. Vez ou outra eram “driblados”. A marcação do Batalhão de Choque não foi tão eficiente quanto à de Felipão contra o Japão.
Aproximadamente 300 manifestantes protestaram contra o alto preço dos ingressos e por outras violações de direitos supostamente provocadas pelo evento — como a remoção de famílias, a exploração sexual e a falta de dignidade dos trabalhadores da construção civil.
Os portões foram abertos com 50 minutos de atraso. Faltava àgua para comprar, algumas pessoas tiveram que optar pela cerveja sem álcool para matar a sede. Do lado de fora a cerveja custava 5 reais e o preço saltava para 12 dentro do estádio. Faltou comida nas lanchonetes. E a imprensa conviveu com panes na internet e telefones.
Em campo deu tudo certo.
O time de Felipão mostrou evolução tática e crescimento do entrosamento.
O que foi treinado, principalmente em Goiânia, foi visto no jogo.
A zaga estava segura, os volantes marcavam bem e cobriam as investidas dos laterais que apoiaram mais do que o esperado.
O quarteto ofensivo se portou muito bem. Hulk, antes cercado de desconfiança por alguns, mostrou por que faz parte da seleção. Um jogador pretendido pelo Chealsea e Real Madrid não pode sem ruim.
Neymar, que foi lembrado na entrevista coletiva, que se não balançasse a rede do Japão até os 7 minutos do segundo tempo, igualaria o maior jejum de sua carreira, registrado em 2011 (895 minutos). Não chegou a isso, 7 minutos antes ele marcou o primeiro gol da Copa das Confederações. A bola, pegada na veia por Neymar, foi ajeitada por Fred.
Oscar, mais centralizado, errou alguns passes, mas distribuiu bem as jogadas, inclusive deu assistência para o gol do iluminado Jô.
E o Paulinho, que considero o mais importante no esquema tático da seleção, tanto na defesa, como na armação, fez o segundo gol do Brasil, que praticamente sacramentou a vitória.
Ainda há muito a percorrer, o Japão tem suas qualidades, mas também limitações, embora viesse com um ritmo de competição maior que o Brasil. Foi um adversário médio. O México, de quem viramos fregueses nos últimos anos, vai ser mais complicado. A Itália, teoricamente, mais ainda. Mas o resultado desse sábado dá confiança ao time e esperança ao torcedor. Se esperava muito menos na estréia e agora vemos que a Seleção Brasileira pode fazer mais.