Absurdo no Campeonato Paulista
A Federação Paulista de Futebol promove no estadual um tal de “Torneio Campeão do Interior”.
Assim está no regulamento:
Concluída a fase quartas de final, as equipes classificadas entre 5º e 8º lugares se classificam para a disputa do Troféu Campeão do Interior.
Equipes da capital de São Paulo e o Santos não podem participar desta disputa. Caso uma delas fique entre 5º e 8º nas quartas de final, as equipes interioranas subsequentes na tabela se classificam para a competição.
Este Troféu será disputado em duelos nos mesmos moldes das semifinais e finais do Paulista.
Pois é…
Esse é um torneio de “consolação” para os eliminados.
Teoricamente os elaboradores da tal fórmula de disputa deduzem que os times do interior dificilmente estarão nas semifinais do Paulistão.
Apesar de ser a tendência, nem sempre isso dá certo.
O Mogi-Mirim, com um time muito bom, passou para as semifinais.
Para as semifinais “Tabajaras” ficaram os eliminados Botafogo, Penapolense e Ponte Preta. O Palmeiras, também eliminado, não poderia participar.
A Linense, eliminada na primeira fase, voltou ao campeonato depois de até ter liberado alguns jogadores.
A Ponte e o Penapolense passaram para a “final”.
O 5º colocado (Ponte) ou o 8º (Penapolense) será o Campeão do Interior.
Imaginemos o improvável, mas não impossível: Que os quatro semifinalistas fossem do interior e os quatro eliminados fossem os da capital? O torneio do interior então teria equipes que nem se classificaram para a segunda fase.
O quarto, o Mogi-Mirim, verdadeiramente o melhor do interior, que quase eliminou o Santos, não será nada. E se fosse o Campeão Paulista, ganharia o troféu de melhor do estado, mas não o de melhor do interior.
Ou seja, uma fórmula de disputa com um item discriminatório provoca uma contradição sem explicações.
Ah! Vale lembrar que esse torneio vale 250 mil reais para o campeão.
Fato que piora a situação.
O dinheiro vai para as mãos erradas.
Coisa de doido né?