Clássico com uma só torcida?
Nesta quarta-feira as autoridades vão decidir como será o esquema de segurança do clássico entre Goiás e Vila Nova, domingo, pelas semifinais do Goianão 2012.
O que vão decidir? Nada.
Membros de gangues, disfarçados de torcedores, vem disputando uma guerra sangrenta onde pelo menos acontece uma morte por mês desde o ano passado.
Alguma coisa foi feita?
Essas mortes já estão banalizadas. Viraram estatísticas.
É que só morreu gente pobre, o dia que morrer o filho de um figurão, aí tomarão providencias.
A motivação, já comprovada, é a rixa de torcidas organizadas. E nelas eles não mexem. Ou porque borram de medo ou é falta de atitude.
Os chefes de torcida, já está mais do que provado, mesmo que sejam bem intencionados, não têm comando sobre as suas legiões de filiados. E nunca são cobrados por isso.
A extinção seria a solução? Talvez não. O certo seria começar a responsabilizar criminalmente os líderes de torcidas pelos males causados por elas. Estabelecer punições, suspensões e não continuar nesse mar de impunidade.
As opiniões se dividem entre a extinção ou não. Mas uma coisa é certa: O futebol seria muito melhor se as organizadas nunca tivessem existido.
Falam em fazer o clássico com apenas uma torcida.
Aí seria o fim da picada. Por causa de baderneiros, bandidos e assassinos, iram privar o torcedor de bem de freqüentar o estádio?
Mas isso não vai acontecer, pois nem tem idéia como iriam fazer, pensaram isso ontem, nem sabem por onde começar um planejamento como esse.