Dia da saudade

Saudades de quando era magro

Me disseram que hoje, 30 de janeiro, é dia da Saudade.

As coisas mudam, algumas para melhor, outras para pior.

O que era bom fica na saudade.

Eu tenho saudades do Zico, do Romário, do Túlio, do Renato…

Saudades do Telê, do Evaristo, do Ênio Andrade…

Em Goiás, saudades do Bill, do Uidemar, do Luvanor, do Bé, do Estrela, do Wilsinho, do Valdeir e muitos outros.

Saudades Paulo Gonçalves, do Paulinho Benga…

Saudades do antigo e imponente Maracanã, do conservado Serra Dourada, do histórico Mineirão.

Saudades da época do rádio. Das viagens de carro, de ônibus e as raras de avião.

Saudades do Miguel Squeff, do Kajuru.

Saudades de quando não existia assessor de imprensa e a gente fazia entrevistas à vontade nos treinos e nos jogos. O futebol tinha muito menos frescura do que hoje.

Saudades do gravador de fita.

Saudades dos campeonatos estaduais maiores, com mais times, onde apareciam mais jogadores.

Saudades de quando torcida organizada é só uma inofensiva e barulhenta charanga.

Saudade dos clássicos de casa cheia, em que as torcidas eram separadas por uma corda, onde que todos entravam em paz pelo mesmo portão.

Saudade da época que não existia STJD e que a gente mal ouvia falar de tribunal.

Saudades dos que se foram, Washington Luiz, Amir Sabbag, Leleco, Valério Luiz…

E você tem saudades de quê no futebol?

Andre Isac

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