E ainda tem dirigente chorando
Tem muito dirigente que reclama da Lei Pelé, que ao acabar com a escravidão de jogadores (passe), teria matado a “galinha dos ovos de ouro” dos clubes. Uma baita de uma mentira, já que a negociação de jogadores ainda é a principal fonte de receita dos clubes. É só agir com inteligência:
No site Superesportes esta matéria mostra o que vem acontecendo com o Cruzeiro, clube que cresceu e muito depois da Lei Pelé.
O Cruzeiro acaba de atingir a soma de R$ 19.871.000,00 com transferências de jogadores em 2007, a partir do empréstimo do atacante Rômulo ao Beitar Jerusalém de Israel por US$ 500 mil (R$ 929 mil). O novo negócio foi comemorado pela diretoria, que diz estar encontrando dificuldades para manter os salários em dia. Ela espera fechar novos negócios nos próximos dias, a começar de Araújo.
A primeira negociação fechada pela diretoria este ano foi a do volante Fábio Santos para o Lyon da França. O clube recebeu 4,2 milhões de euros, cerca de R$ 10,7 milhões. Em seguida, o meia-atacante Wágner foi para o Al-Ittihad da Arábia Saudita. O acordo de 5,4 milhões de euros foi desfeito meses depois e o clube recebeu apenas 1 milhão (a título de empréstimo), valor correspondente a R$ 2,5 milhões.
Em junho, o Cruzeiro emprestou o zagueiro Gladstone ao Sporting de Lisboa por 250 mil euros (R$ 642 mil). Antes de ceder Rômulo ao Beitar Jerusalém de Israel por US$ 500 mil, o clube também fechou a venda do zagueiro Luizão ao desconhecido Locarno, da Suíça, por 2 milhões de euros, aproximadamente R$ 5,1 milhões.
Com todos esses negócios, entraram nos cofres cruzeirenses R$ 19.871.000,00. O montante poderia ter sido maior se os sauditas do Al-Ittihad tivessem cumprido à risca o acordo da compra de Wágner por 5,4 milhões. O Cruzeiro teria direito a 27,5% do montante (1,485 milhão de euros), cerca de R$ 3,8 milhões. Outra desistência que prejudicou as finanças do clube foi a do Saint-Etienne por Marcinho. Os franceses pagariam ao Cruzeiro 1,25 milhão de euros, cerca de R$ 3,1 milhões. A soma total das transferências nesta temporada chegaria a R$ 26.286.000,00.
Levando-se em conta apenas o mercado de transferências, a balança comercial do Cruzeiro está positiva este ano. O clube investiu R$ 5.050.000,00 milhões em reforços em 2007. Subtraídos dos R$ 19.871.000,00, o superávit chega a R$ 14.821.000,00.
Foram 19 reforços contratados, alguns com a ajuda de parceiros, como foi o caso do zagueiro Thiago, de 27 anos, adquirido pelo grupo Desportivo Brasil por US$ 540 mil (50% dos direitos).
Com o saldo positivo de R$ 14.821.000,00 , o Cruzeiro já quase fecharia o ano sem dívidas. É que o vice-presidente de futebol Zezé Perrella revelou na semana passada que o futebol cruzeirense gera um déficit anual em torno de R$ 15 e R$ 20 milhões. Tudo isso é compensado justamente com a negociação de atletas.
O Cruzeiro ainda espera fechar o empréstimo de Weldon para o Yokohama Marinus do Japão por US$ 200 mil (R$ 370 mil) pelo período de seis meses. O impasse é que o jogador quer continuar no Sport de Recife, onde está emprestado até 31 de dezembro.
Pra finalizar, lembro, o Goiás está perto de negociar o atacante Welliton com o futebol russo, por uma quantia superior a todas as negociações feitas até agora pelo Cruzeiro.
E ainda tem dirigente que reclama da Lei Pelé.