Goiás escapa mais uma vez de punição
Por falta de consciência de alguns, que se dizem torcedores, o Goiás foi parar no banco dos réus por conta dos incidentes na derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro, no dia 7 de outubro.
Na ocasião, o árbitro Marcelo de Lima Henrique relatou que, ao término da partida, torcedores do Goiás arrancaram os assentos plásticos e os arremessaram em direção a entrada do vestiário do time mandante.
Além de destruir um patrimônio público quase fizeram com que o time perdesse mandos de campo.
Mas por sorte. A Primeira Comissão Disciplinar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), por maioria de votos só multou o Goiás em R$ 10 mil.
A Procuradoria do STJD denunciou o clube por “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir: desordens em sua praça de desporto”, como prevê o artigo 213 I do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), e ainda o enquadrou no parágrafo 1º, que prevê perdas de mando de campo do clube infrator. Mas durante os votos, os auditores entenderam que a multa já era punição suficiente.
Para buscar a absolvição do clube, o jurídico do Goiás levou ao STJD, o Coronel Guerra, responsável pelo policiamento no Serra Dourada.
Inicialmente, ele disse que está há cinco anos comandando as partidas no local e que nunca tinha visto algo semelhante. Segundo o coronel, há um trabalho de repressão na redondeza, ressaltando ainda que no Serra Dourada é estritamente proibida a entrada de qualquer objeto ligado a torcida organizada. Guerra revelou que após estes incidentes dois torcedores foram presos.
O coronel ainda criticou veemente a ação das torcidas organizadas em todo o Brasil, e revelou que não consegue ter um sono tranquilo nas vésperas das partidas.
Enquanto houver impunidade esses marginais continuarão agindo e tirando as pessoas de bem dos estádios.