O laser e o futebol

O assunto do laser está em alta. Um negócio besta, que alguns idiotas estão usando nos estádios e prejudicando muitas pessoas.

O Goiás perdeu mando de campo por que um torcedor mirou o laser no rosto do árbitro.

Nesta quarta, um flamenguista usou e abusou de um laser no Engenhão. A toda momento ele mandava os raios verdes em Ronaldinho Gaúcho.

Com esses episódios várias perguntas vieram à tona: “É so com o Goiás?”, “O Flamengo vai ser punido?”.

Logo há quem imagine que o grande levará vantagem e que o menor está sendo perseguido.

Não é bem assim.

Nos tribunais o Goiás é tão grande quantos os grandes. Dias desses o Cruzeiro tomou seis perdas de mando de campo.

O alviverde já escapou ENE vezes desse tipo de julgamento.

O torcedor ficou até mal acostumado.

É importante dizer que se o cidadão que colocou o laser na cara do juiz no jogo do Goiás fosse identificado o time não seria punido.

Se o torcedor do Flamengo que utilizou o laser tiver sido autuado no estádio o clube escapa de punição. Tá na lei.

Vejam só:

§ 3º A comprovação da identificação e detenção dos autores da desordem, invasão ou lançamento de objetos, com apresentação à autoridade policial competente e registro de boletim de ocorrência contemporâneo ao evento, exime a entidade de responsabilidade, sendo também admissíveis outros meios de prova suficientes para demonstrar a inexistência de responsabilidade.

É bom lembrar que existem várias comissões disciplinares, não são sempre os mesmos auditores que julgam os casos. O Flamengo pode ou não ser punido, depende das circunstâncias.

Da mesma forma, o Goiás pode recorrer e ser inocentado. No ano passado o Corinthians foi apenas multado em R$ 20 mil e nesse ano STJD absolveu Guarani de punição por laser em jogo contra o Avaí. Não existe uma lógica.

É importante que o torcedor se conscientize e ajude o clube.

Se ver alguém jogando objetos ou utilizando o raio laser, dedure, avise a polícia. O Boletim de Ocorrência livra o time de prejuízos.

Sobre o Laser:

(cuja sigla em inglês significa Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation, ou seja, “Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação”) é um dispositivo que produz radiação eletromagnética com características muito especiais: ela é monocromática (possui comprimento de onda muito bem definido), coerente (todas as ondas dos fótons que compõe o feixe estão em fase) e colimada (propaga-se como um feixe de ondas praticamente paralelas). Nessas duas últimas carcterísticas está o perigo.

Para se ter idéia, existe uma classificação de risco biológico para a potência do Laser, que vai do I ao IV. As lojas vendem os lasers como sendo de nível III, porém, pela potência de sáida, a maioria são de nível IV (o mais perigoso).

Vejam o que diz o texto da classificação desse nível:

Lasers classe 4 (IV) (mais de 500 miliwatts) podem causar queimaduras na pele e danos permanentes severos ao olho sem o uso de lentes ou equipamento óptico extra. Reflexões difusas também podem causar tais danos à pele e aos olhos. A maioria dos lasers militares, industriais, científicos e médicos estão nessa categoria.

Agora veja as funções encontradas para os lasers que são vendidos livremente na internet e em lojas de artigos importados: “Estoura Balões, acende fósforos, corta isolante e objetos de cor escura, ultrapassa 15km à noite”.

Se ele estoura balões e acende fósforos, imagine o que ele não faz com o olho humano…

Andre Isac

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