O que aconteceu com o Atlético?
Por que o Atlético se perdeu? Como um time que era considerado competitivo até as primeiras rodadas da Série B se tornou tão vulnerável depois do recesso da Copa das Confederações?
Vejamos o que aconteceu neste período:
Adson Batista, diretor de futebol, disse no dia 20 de maio: “Nosso elenco é muito qualificado”.
No mesmo dia ele afirmou: “O Atlético-GO precisa de mais um jogador para a lateral-esquerda, um zagueiro, um meia e um centroavante, porém, seriam contratações para compor o elenco.” Fonte: Globoesporte.com
Pois é…, das contratações prometidas só veio o centroavante Anselmo. Os outros três contratados foram para posições que o diretor não apontava como carências, dois volantes (Marcone e Renan) e um lateral direito (Rafael Cruz).
A demissão do técnico Waldemar Lemos causou estranheza. Ela aconteceu em meio a rumores que o Atlético estava contratando Renê Simões, que acabara de ser demitido do cargo de diretor técnico do Vasco da Gama.
Na época, 5 dias antes da demissão de Waldemar, a repórter Monica Garcia, ao Portal Terra, errava o cargo mas já antecipava o próximo emprego de Renê Simões: Notícia Portal Terra
Renê, coincidentemente, estava em Goiânia estava no momento do seu desligamento do Vasco, visitando o Atlético.
Oficialmente o motivo da vinda era para que Renê resolvesse um problema envolvendo o Atlético e isso teria sido um dos motivos de desgaste no Vasco da Gama. Renê ao levar o meia Fábio Lima, que o Atlético possui 30% dos direitos, não teria estipulado o valor do jogador, conforme combinado. O próprio Renê, mesmo depois de ter começado a trabalhar no Atlético, foi procurado pela imprensa carioca para dar explicações e admitiu o “descuido”: Notícia Portal Lance
Adson Batista justificou a troca de técnico por uma mudança de filosofia.
Depois de assumir o comando do Dragão, Renê iniciou o trabalho desprezando o que fora feito nos primeiros meses, como se tudo estivesse errado. Jogadores como Paulo Henrique, John Lennon, Leonardo e Willian Barbio saíram dos planos. Outros que não estavam sendo aproveitados como Juninho e Diogo Campos ganharam espaço. Diogo jogou até de lateral contra o Cruzeiro, em cima dele Egídio foi o melhor em campo na goleada por 5 a 0.
Depois da derrota em casa para o Figueirense a leitura é que o Atlético vive uma profunda crise técnica e agora os dirigentes falam em reformulação do elenco. Ou seja, montar outro time no meio da temporada.
Ruim para a diretoria que está com dificuldades para honrar com o time atual e que agora teria que arcar com rescisões e novas contratações.
O Atlético está agora em uma “sinuca de bico”, no momento mais complicado do ano, talvez esteja na hora de refletir sobre as decisões recentes. O Atlético não tem mais tempo e nem dinheiro para errar tanto até colocar o time nos trilhos.
As contratações devem ser estratégicas, não adianta trazer volantes, onde Dodó, Marino e Ernandes tem condições de jogar com qualidade. Para o setor ainda tem o Mahatma que precisa de oportunidade. As chegadas de Renan e Marcone só se justificarão se for para o fim do ciclo de Pituca, e, ou, Róbston no Atlético.
É hora de rever a situação dos que estão afastados. O problema não era a filosofia do Waldemar Lemos?
Leonardo tem condições de ser titular da lateral esquerda do Atlético. John Lennon fez bons jogos, pode ser reserva de Rafael Cruz. Willian Barbio não é pior que Diogo Campos e Juninho.
É hora de avaliar se Roberto pode ser a melhor opção para o gol no lugar de Márcio.
Renê deve escalar os melhores que o Atlético tem em suas respectivas posições, parar de improvisar, fazer o simples.