Polêmica: fisiterapeuta do Atlético trata de jogadores do Vila

A ida de jogadores do Vila Nova à clínica do fisioterapeuta Robson Porto foi a polêmica do dia no futebol goiano.

Conheço Robson a mais de 15 anos. De autodidata a formado, sempre dedicado, determinado e um profundo conhecedor do que faz.

Já presenciei Robson investindo seus limitados rendimentos em livros e equipamentos. Desde o inicio, suas técnicas e obstinação o fizeram preferido de grandes jogadores.

Aloísio, Alex Dias e Fernandão até pagavam passagens para que Robson os tratassem na Europa.

Jogadores dos mais variados times de Goiânia sempre o procuravam e ainda procuram onde quer que ele esteja.

O problema, que gera polêmica em Goiás, é que as pessoas por aqui acham que os jogadores devem se tratar exclusivamente nos clubes.

Alex Dias, quando teve uma ruptura muscular, veio para Goiânia tratar, com conhecimento do Vasco e nunca teve polêmica em torno disso.

Ronaldo, Romário e outros sempre tiveram seu fisioterapeuta particular.

Só em Goiânia, por pura vaidade, não pode.

O atacante Patric, o volante Luis Marques, o meia Rondinelly e o lateral-direito Jonh Lennon foram até a clínica do fisioterapeuta do Atlético pelo conselheiro Misael Oliveira.

Robson presta serviço no Dragão no período da manhã e depois, no restante do dia, pode atender quem quiser na sua clínica.

Patric estava praticamente vetado para o primeiro jogo, fez duas sessões de tratamento com Robson e teve condições de jogo.

Milagre? Infiltração? Não, foi apenas trabalho complementar ao tratamento do clube. Não precisava de histeria.

Robson, mesmo com a contribuição no tratamento, deu todos os méritos ao departamento médico do Vila Nova.

Já o Vila fez questão de detonar o rapaz, o acusaram até de ter feito infiltração no joelho operado de Luís Marques. Coisa que eu duvido que tenha acontecido. Pelo pouco que conheço Robson não usa esses métodos.

Se usasse o artifício de infiltrações, jamais trabalharia no Atlético.

Essas declarações soaram mais como despeito.

O Vila passou um “recibo” sem necessidade. Poderia ter resolvido internamente um problema que gerou um desgaste muito grande em uma semana decisiva.

O Goiás já cometeu o mesmo erro em outras oportunidades.

Jogador, na hora da folga, da porta pra fora, faz o que quiser da vida, pode até se tratar. Se eles tivessem procurado um amador, aí tudo tudo bem. Mas todos sabem, inclusive os médicos, que Robson é um grande profissional.

Andre Isac

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