Sobre eleições no Vila Nova

Vem aí as eleições no Vila Nova.

O clima está agitado nos bastidores.

Qualquer conselheiro, que esteja em dia com as mensalidades, pode votar e ser votado, é um direito.

Mas existem situações e situações.

No início de junho o Vila estava mergulhado em uma crise. Salários de jogadores e funcionários atrasados, greve, luz cortada e jogador deixando o time por falta de pagamento de FGTS.

Eis que surge novamente o grupo de Leonardo Rizzo, composto por Carlos Alberto Barros, Newton Ferreira, José Eduardo, Edson Pio e Joas Abrantes.

Mesmo não tendo um grande time, as coisas foram ajustadas fora de campo e o Vila conseguiu o acesso para a Série B.

Uma vitória em um ano que começou sem perspectivas.

E agora vem a eleição.

Uma nova geração de conselheiros pede para participar da gestão do Vila Nova. Alegam que o grupo lhe negou espaço.

O grupo alega que o “espaço” que queriam era a presidência, com o nome de Gutemberg Veronez.

Pois bem, o grupo então resolveu lançar o nome do atual presidente Joás Abrantes e aí o negócio pipocou.

Surgiu então uma nova chapa. Com Gutemberg, Magib Fleury e Joelmir Gonçalves, conselheiros atuantes e de prestígio no Vila Nova. A nova chapa garante não ter a presença de Geso Oliveira e Marcos Martinez, ex-presidentes que tem uma rejeição muito grande no clube.

O grupo articulado agora com Carlos Alberto Barros não aceita disputar as eleições se não for por aclamação.

A confusão está formada.

É legítimo o direito de disputar a eleição. Mas considero essa formação de oposição inoportuna.

Acredito que deve haver um mínimo de bom senso dos conselheiros e conceder ao grupo a oportunidade de continuar no Vila.

Por quê na hora ruim eles serviam e agora não servem?

Onde esse grupo de oposição estava em Junho que não assumiu o clube? Era só querer que Paulo Diniz passava o bastão para eles.

Entendo que novos conselheiros queiram participar, mas cada um deve buscar o seu espaço, de forma gradativa e na hora certa. Tem muitas áreas onde vários podem ajudar.

Também não vejo que seja verdade que o grupo atual não dá espaço à novas pessoas. Joás Abrantes, Rodrigo Nogueira e Rodolfo Motta são os exemplos.

Também entendo que se o atual grupo não disputar a eleição será uma renúncia. Eles deviam prever que isso poderia ocorrer. Seria uma atitude radical que comprovaria a intransigência que lhe acusam. Vencendo entrariam no poder fortalecidos, perdendo, sairiam por cima, onde ficaria provada a falta de gratidão do conselho com aqueles que socorreram o clube no momento em que mais precisava.

O problema é que entre situação, oposição e outras vias as diferenças de idéias são grandes, a falta de capacidade de se entender também. Aí vira uma discórdia eterna.

Quem está no poder não tem sossego para trabalhar e o Vila sai perdendo sempre.

Vamos ver no que vai dar dessa vez.

Andre Isac

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