Sobre a volta de Hélio dos Anjos
Não precisei de fazer muito esforço para saber no sábado da semana passada que Wagner Lopes sairia e depois que Hélio dos Anjos voltaria.
Estava na cara.
E digo mais, Hélio estava acertado, a história de negociação Ney Franco, Sérgio Soares e Vagner Mancini foi encenação.
Há quem diga que ele está ultrapassado. Não chego a tanto, apenas ressalto que ele estava “fora do mercado”. Não era mais treinador de Série A. Os seus últimos trabalhos no Fortaleza, no Atlético/GO e no Figueirense foram muito ruins. Ele deve refletir o que fez de errado nos últimos clubes que passou para não repetir agora.
Essa oportunidade de voltar ao Goiás foi um presente para ele, coisa de amigo mesmo. Hélio retorna por causa da sua amizade com Harlei. Isso é fato. E o erro pode estar aí. Mas isso só o tempo dirá. O amigo e ex-comandado agora terá que saber agir como patrão.
Será que Harlei avaliará o trabalho de Hélio, com o mesmo rigor que observou os defeitos no antecessor com 75% de aproveitamento? E se precisar demiti-lo?
Hélio tem história no Goiás. Bons trabalhos, títulos regionais e uma série B, mas nenhum de destaque na Série A, apenas campanhas médias. Geninho e Paulo Gonçalves foram os melhores nesse quesito.
O seu retorno é um grande desafio. De cara terá que conquistar o Campeonato Goiano. Caso contrário Wagner Lopes será lembrado como o treinador que jogava feio mas ganhava.
Se for campeão Goiano não terá feito mais do que a obrigação. As cobranças virão com gosto no Brasileirão.
Hélio divide opiniões. Já traz polêmica antes de chegar em Goiânia.
Talvez isso seja proposital para desviar o foco da confusa administração do Goiás no futebol profissional.
O que está sendo feito não foi o que ficou prometido no ano passado. O presidente Sergio Rassi disse que a economia de 2014 seria o investimento 2015. Cadê? O Goiás fez foi reduzir o investimento e aumentar os preços dos ingressos.