Governo assina MP que pode mudar o futebol brasileiro
Ex-jogador Cafu cumprimenta a presidenta |
Em 2015 a presidenta Dilma Rousseff está tomando de goleada pelas suas medidas no tal “ajuste fiscal”.
Mas nesta quinta-feira ela fez um golaço.
Ela não cedeu às pressões da CBF, dirigentes e bancada da bola. Cumpriu o prometido e atendeu as sugestões do movimento Bom Senso FC.
Dilma Rousseff assinou a medida provisória que flexibilizará a negociação das dívidas de clubes com a União, que somam mais de R$ 4 bilhões. As dívidas serão parceladas em 120 ou 240 meses com o reajuste pela Selic. Nos três primeiros anos, o pagamento será de 2% a 6% das receitas dos clubes.
Uma “moleza” que exigirá apenas que os clubes tenham adequar despesa e receita.
O dirigentes terão que pagar em dia os salários de profissionais (incluindo direito de imagem).
A medida trará efeitos à curto e longo prazo.
À curto prazo os times que renegociarem as dívidas terão as certidões para organizarem as suas receitas.
E futuramente, se seguirem as regras, terão suas gestões saneadas.
Essas são as principais contrapartidas exigidas:
1 – Os clubes terão de apresentar auditorias regulares
2 – Os clubes terão de pagar em dia suas obrigações contratuais, trabalhistas e previdenciárias
3 – Os clubes só poderão gastar no máximo 70% da receita bruta com o futebol profissional
4 – Os clubes se comprometem a aumentar investimento nas categorias de base e futebol feminino
5 – Não será possível realizar antecipação de receitas para mandatos posteriores
6 – Os clubes terão de adotar de programa progressivo de redução de déficit para serem zerados em 2021
7 – Respeitar todas regras de transparência previstas na Lei Pelé
Tudo ainda será regulamentado. Já passa a valer a partir desta desta sexta-feita. Depois, vai passar pela Câmara e Senado para a aprovação final.
Que a bancada da bola não arrume alguma “gambiarra”.